sábado, 26 de abril de 2008

Millennium BCP cresce na Polónia

"O Bank Millennium (Polónia), detido pelo BCP, anunciou hoje um aumento de 51 por cento nos lucros do primeiro trimestre deste ano, face a idêntico período de 2007.
Num comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BCP destaca que o Bank MIllennium, com sede na Polónia, alcançou lucros recorrentes de 127 milhões de zlotys, ou seja, 36 milhões de euros, devido ao aumento do número de clientes e à abertura de balcões.
O banco assinala que o primeiro trimestre foi também 'particularmente positivo' no que respeita ao volume de negócios, sendo de destacar o crescimento dos depósitos em 33%, ter alcançado mais de um milhão de clientes, e os depósitos de particulares terem subido 63%, valor acima da registado pelo mercado, na ordem dos 17%.
Com este desempenho o banco Millennium passa a deter uma quota de mercado de 5,6%, sendo o 6º banco na Polónia.
Já o crédito concedido cresceu 44%, destacando-se o crédito no segmento da habitação, que aumentou 60%, para uma quota de mercado que representa actualmente 11,2%.
Por sua vez, a quota de mercado relativa à carteira de novos empréstimos à habitação cresceu para 10,04% no período em análise, colocando o banco na terceira posição do mercado polaco, salienta no comunicado.
Outro marco importante no crescimento orgânico do banco tem a ver com a expansão das sucursais.
No primeiro trimestre deste ano as 144 novas sucursais, abertas desde o início do programa em 2006, contribuíram com 10 milhões de zlotys (2,8 milhões de euros) para o lucro antes de impostos do banco.
No final de Março último, a rede global de retalho do Bank Millennium era constituída por 425 sucursais, incluindo 37 centros financeiros e 64 sucursais 'negócios & retalho'.
No comunicado destaca-se o investimento total no programa de expansão de sucursais que foi, até ao momento (incluindo re-branding em 2006), de 149,4 milhões de zlotys (42,4 milhões de euros).
O banco adianta que deverão ser investidos ainda 100 milhões de zlotys (28 milhões de euros) até ao final de 2009.
Por sua vez, a margem financeira do banco subiu 38% e o produto bancário cresceu 20%.
O Millennium concluiu o primeiro trimestre com uma rentabilidade dos capitais próprios de 20,1% e um rácio de eficiência de 61,8%."

domingo, 20 de abril de 2008

PayUp pretende afirmar-se no leste da Europa

"A marca portuguesa PayUp viu nos mercados do leste da Europa uma boa porta de entrada para dar início à sua actividade. (...) O PayUp é um serviço que permite aos consumidores fazerem pagamentos electrónicos, nomeadamente contas de água ou de luz ou até efectuar o carregamento de telemóveis através de um terminal que está presente em lojas de retalho, cafés ou papelarias.
Neste momento, existem três mil terminais na Polónia e a estratégia de expansão do conceito para os vários países do leste não podia ser mais adequada. “Fizemos uma quantificação do mercado e descobrimos que havia esta necessidade. Na Polónia e nos outros países, as pessoas que querem pagar as suas contas têm duas alternativas: ou vão ao banco, cuja distribuição não é forte, ou vão aos correios e passam horas em filas de espera”, explica Maria João Rosa, directora de marketing da PayUp, acrescentando que este serviço permite aos “consumidores ter mais qualidade de vida”, já que lhes permite pagar “todas as suas contas em cerca de 10 minutos”.
Sendo a Polónia um país com um grau de cobertura de dependências bancárias relativamente baixo, a empresa está a estender, através de testes piloto, o leque de funcionalidades contemplado pelo conceito. Em breve, será possível aos polacos fazerem transferências bancárias e levantar dinheiro nestes terminais. “Vai permitir colmatar algumas lacunas que existem no mercado polaco, como o facto da distribuição de dependências bancárias ser limitada e ser muito concentrada nas grandes cidades. Logo, o consumidor que quer levantar dinheiro, quer fazer transferências tem algumas dificuldades”, diz.
A entrada nos vários mercados apontados como prioritários pela empresa, tem por base uma política de parceria com agentes locais. No caso da Polónia, a Eurocash – que detém 49 % do capital da PayUp na Polónia – foi o agente escolhido, estando nos outros países a ser negociada a empresa com a qual o grupo português pretende vir a trabalhar. “Quando actuamos localmente, apostamos na escolha de um parceiro com know-how ao nível do retalho, porque isso nos permite ter um bom ponto de partida, já que essas empresas, ao nível do retalho, conhecem em profundidade toda a cadeia de valor do produto”, elucida a directora de marketing.
Tendo a Ogilvy Portugal trabalhado o conceito, o naming e o corpo da marca, a PayUp está apostada em acções de marketing mais agressivas do que as da concorrência directa. A criação de acções promocionais com operadores móveis ou com marcas com força nos mercados locais são alguns dos exemplos da política de marketing que Maria João Rosa está a colocar em prática para a PayUp. “A existência de acções permanentes faz com que se desloquem mais consumidores à loja, o que faz com que aumente o volume médio de vendas do nosso retalhista”, assevera. Mas também os retalhistas são alvo de um plano regular de incentivos, que passa, por exemplo, por criar parcerias com entidades bancárias que dão “descontos especiais para a abertura de contas bancárias aos retalhistas”, afirma.
A comunicação no ponto de venda, uma campanha de imprensa e acções de relações públicas são outras das iniciativas que a Pay Up está a levar a cabo na Polónia. O objectivo, diz a directora de marketing, é tentar tocar num público muito transversal. “Estamos a comunicar sobretudo para a classe média, adolescentes e para um target profissional, que vai dos 25 aos 45 anos”, afirma. E explica: “O perfil a quem nos dirigimos é muito dinâmico. São pessoas muito práticas que não gostam de perder tempo com este tipo de acções. São pessoas que valorizam o seu tempo e que o aproveitam em coisas que acrescentam valor à sua vida”. "