sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Entrevista a Olga Pietkiewicz - Head of International Desk at BZ WBK - Banco Santander

" Estar no centro da Europa é uma vantagem competitiva para as empresas.
A Polónia é hoje uma economia em crescimento e quer ser cada vez mais um destino atractivo para as empresas. Desburocratizar e simplificar são alguns objectivos num país com oportunidades, mas onde, alerta Olga Pietkiewicz, a mentalidade e o idioma ainda são obstáculos.
Um dos activos mais importantes na Polónia, como foi dito na apresentação, são as pessoas. No caso concreto desta actividade, em que sentido?
Há a barreira da linguagem, de mentalidade. Um banco estrangeiro entrava na Polónia, criava balcões e não conseguia aumentar quota de mercado. Porque, ou conhece o mercado e tem funcionários polacos, ou então está fora do negócio. Na minha opinião, o nosso mercado está completamente integrado na União Europeia, mas há questões como a mentalidade e a forma como fazemos negócio que são diferentes, penso é essa a razão.
Tendo a Polónia grande potencial de crescimento, sendo competitiva, quais os sectores onde há mais oportunidades?
Em sectores tradicionais como indústria automóvel, maquinaria ou electrodomésticos, ainda temos de reduzir o ‘gap' face aos países ocidentais, já nos temos desenvolvido bastante, mas ainda não é suficiente. E depois em novos negócios como as energias renováveis, tecnologia.
É fácil para uma PME entrar no mercado polaco?
Antes era complicado, saímos do comunismo. Agora as regras estão mais harmonizadas com a UE, tem havido bastantes progressos. Penso que estão a preojectar a possibilidade de se abrir uma empresa num dia apenas. Portanto, quem quiser criar um negócio, precisa de se dirigir a um único escritório e lá trata de todos os papéis. Estão a tornar tudo mais fácil. [CORTE_EDIMPRESSA]
Quais são as maiores vantagens para uma empresa que queira investir no mercado polaco?
Estamos num mercado globalizado onde ninguém está 100% imune a uma crise. Mas a verdade é que a economia polaca está numa fase de crescimento e, mesmo que haja um abrandamento, será menos sentido, é uma economia sólida. E estamos no centro da Europa, o que é uma vantagem geográfica.
No caso português, pensa que ter na Polónia empresas de sucesso, como a Jerónimo Martins, pode ser um factor de atracção para outras empresas portuguesas?
Penso que sim. E penso que as empresas portuguesas que trabalham no mercado polaco estão satisfeitas.
Acredita que ainda há uma percepção que o país está menos evoluído do que é a realidade? E quais os principais obstáculos?
Talvez ainda haja essa percepção. Quanto aos obstáculos diria que o principal será o idioma. Em termos fiscais, os encargos não são muito elevados, o IVA é de 23%, e um pouco também a mentalidade. Já fomos um país muito burocrático, penso que já não somos. "
Fonte: www.economico.pt


Sem comentários:

Enviar um comentário