" A aposta de Portugal na Polónia passa por estimular as exportações para aquele mercado, aproveitando a boleia das grandes empresas, e trazer importadores polacos para que conheçam a realidade empresarial portuguesa, segundo a AICEP.
"Nesta fase vejo muito o mercado polaco como um destino das nossas exportações, ou seja, temos de fazer esta aproximação antes de conseguirmos captar investimento polaco", disse hoje à Lusa o presidente da AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.
"Vejo também que a Polónia tem interesse em Portugal como uma aproximação entre blocos", uma vez que o país está inserido na zona Leste e "não tem uma natural entrada nos mercados do Atlântico", afirmou o executivo.
"Há aqui uma moeda de troca natural. Temos de focar o nosso trabalho acima de tudo em estimular as exportações para a Polónia, não só como efeito de arrastamento das grande empresas, mas também trazendo cá os importadores", sublinhou Pedro Reis.
A vinda de importadores a Portugal permite que estes "vejam a realidade das nossas empresas", um trabalho que a AICEP está empenhada em desenvolver, para que os "mercados de destino" conheçam melhor o tecido empresarial português.
Durante a sua intervenção no fórum, o presidente da AICEP destacou iniciativas recentes orientadas para o mercado polaco, como o ABC Polónia, organizada pela entidade, bem como duas missões empresariais promovidas por associações portuguesas.
Mas não é só Portugal que olha para a Polónia, pois os polacos também estão atentos ao que se passa no mercado português.
"No sentido inverso gostaria de destacar a visita de um comprador polaco que decorreu esta semana no âmbito do setor dos moldes para injeção de plástico que esteve em contacto direto com sete empresas desta área de atividade", afirmou Pedro Reis na sua intervenção, perante uma plateia com vários responsáveis polacos e portugueses.
O responsável pela AICEP destacou o "conjunto relevante de empresas e de produtos portugueses" que têm vindo a conquistar espaço no mercado polaco, grande parte deles à boleia de grandes grupos nacionais.
Por exemplo, a Jerónimo Martins, através da Biedronka, facilitou a entrada de "dezenas de empresas portuguesas do setor agroalimentar", como os vilhos da Quinta do Valado ou as uvas produzidas pelo Vale da Rosa.
Também a Colep, no setor de embalagens metálicas para bens de consumo, promoveu o "arrastamento de algumas empresas como a BTL, que produz equipamentos em aço inox", ou a Protagma, no setor da eletrónica industrial.
Na sua intervenção, Pedro Reis destacou ainda os cinco eixos que justificam a aposta em Portugal como destino de investimento direto estrangeiro: a "localização geoestratégica única", com relações privilegiadas com África e com pontes para a América Latina através do Brasil, "recursos humanos qualificados", "excecionais infraestruturas", uma larga "rede de cariz tecnológico" e a "estabilidade e segurança dp país"."
Fonte: www.ionline.pt
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